Depois do post “Desculpa filha, desculpa ter-te enganado”,
tinha que vos contar como as coisas estão agora.
É verdade que a primeira semaninha de infantário não foi de
todo fácil.
É verdade que chorei tanto mas tanto nos primeiros dias.
É verdade que passava as noites em branco.
É verdade que custou.
Como o Artur chegou a dizer sobre mim “Ela que é durona e fria, e está
assim, de rastos”.
Não me venham com coisas, com os nossos filhos não há dureza nem frieza
que resista.
Claro que com o tempo a confiança com todo o staff do
infantário, e ainda mais em concreto com a Educadora e a auxiliar da Nônô, as
coisas foram-se tornando mais fáceis, tão fáceis ao ponto da Leonor mal ver as
funcionárias da salinha dela, esticar os braços para ir para o colo delas.
Tão fáceis ao ponto dela mal chegar à portinha da sala,
entrar e ir sentar-se no colinho da educadora quando eles já estão em rodinha
sentados.
Tão fáceis, que eu consegui começar a vir para o trabalho,
sem ter o coração nas mãos, e sem sentir um nó na garganta.
É tão estranho, é um sentimento tão egoísta… porque quero
que a minha filha se sinta bem no infantário, e ver que se age desta forma é
porque gosta da forma como lidam com ela, mas ao mesmo tempo sinto-me “trocada”.
Quem diria, depois daquele enorme post, em que me escorriam
as lágrimas cara a baixo enquanto o escrevia, que um dia iria escrever isto
E porquê o nome deste post ser “A Leonor não quer ir para
casa!”?
Claro que é tom de brincadeira!
Mas depois de ter sido avisada vezes sem conta por enumeras
pessoas que leram o post (“Desculpa filha, desculpa ter-te enganado”) que um
dia iríamos chegar ao infantário para a ir buscar, e ela iria chorar porque não
queria vir embora…
Esse dia chegou!
Caiu que nem uma chapada!
Foi como que se ela me dissesse “não querias que eu ficasse
aqui bem? Então estou bem aqui”.
O Artur foi buscar a Leonor, e, ao contrário do que tem acontecido, chegou ao infantário antes da carrinha em que ela chega.
Como tal, mal viu a carrinha foi lá busca-la, mas, como já vai sendo hábito, a Leonor normalmente quando chega fica a brincar até o Artur ir busca-la.
Desta vez, ela não quis que fosse diferente, apesar de ter visto o pai, queria na mesma ir para a salinha brincar ela com os outros meninos, que estão também à espera dos pais.
Como tal, mal viu a carrinha foi lá busca-la, mas, como já vai sendo hábito, a Leonor normalmente quando chega fica a brincar até o Artur ir busca-la.
Desta vez, ela não quis que fosse diferente, apesar de ter visto o pai, queria na mesma ir para a salinha brincar ela com os outros meninos, que estão também à espera dos pais.
A única coisa que ele me disse foi “Temos que fazer qualquer
coisa, se calhar brincar mais com a Nônô para ela querer vir para casa, isto
não pode acontecer! Senão vai fazer birras todos os dias porque não quer vir
para casa”.
Eu simplesmente ri-me!
Um beijinho
Mamã da Nônô