quarta-feira, 28 de setembro de 2016

O trabalho e o tempo em família!

Desde o momento em que soube que estava grávida, que dei por mim a pensar em como sería quando tivesse a Leonor nos braços. Se ía conseguir conciliar os meus horários de trabalho com o estar presente na vida da minha filha.
Desde então muita coisa mudou. O sítio onde estava a trabalhar fechou, tive a oportunidade como todas ou quase todas as mães têm de ficar em casa com a minha filha durante os primeiros quatro meses da vida dela.
Foram quatro meses absolutamente fantásticos, mas passaram a voar, felizmente encontrei trabalho, numa área completamente nova para mim, mas que me permitia ter os fins de semana em casa, e até posso admitir que com um bom ordenado.

Mas o horário prolongava-se todos os dias até ás tantas, passava o fim de semana de rastos, e a minha filha parecia completamente desligada de mim. O trabalho consumia-me, para além das horas de trabalho, levava o fim de semana ansiosa pelo regresso ao trabalho. Desesperei e quis abdicar do bom ordenado que estava a receber. Fi-lo pela minha filha, pelo meu marido e pela minha sanidade mental.
Acho que temos sim que saber gerir a nossa agenda, tem de haver tempo para tudo, e acima de tudo tempo para a nossa família. Não há dinheiro que compre a nossa presença na vida dos nossos filhos. Não há horas extra que paguem a falta que o nosso colo lhes faz. Decidi que apesar de necessitar de um trabalho, tinha que ter um trabalho onde me sentisse bem, e que não me consumisse as minhas energias todas, um trabalho que me deixasse ser feliz em casa, junto da minha família, que me permitisse levar a minha filha ao infantário, e ainda conseguir estar com ela ao fim do dia, um trabalho que me desse 48 horas do fim-de-semana para viver ao lado de quem mais precisa de mim.
Não foi fácil de encontrar, não foi mesmo. Mas consegui! Só deixei aquele trabalho depois de ter outro em vista, visto não poder estar sem trabalhar.
Hoje, ao fim de 1 ano e 23 dias de ter a minha filha nos braços, sinto que voltei a ter tempo e energia para ela, ter tempo para tratar das coisas dela, da casa, para brincarmos e ainda...para me sentar ao fim do dia com o meu marido no sofá e descontrairmos os dois.

Não deixem que o trabalho vos roube estes momentos, nem deixem que a Vossa relação entre marido e mulher se apague. TUDO faz falta, a família, o amor, o dinheiro, o trabalho.

Mas lembrem-se sempre, ninguém é feliz sem amor, e é em casa que ele mais deve ser espalhado.

A desfrutar um sábado com a Leonor!

terça-feira, 27 de setembro de 2016

A virose apanhou a Nônô...e a família toda!

Ora bem, quem nunca ouviu dizer as famosas frases "vai para o infantário? já não vais ter descanso, vai estar sempre doente", ou "prepara-te que agora vai apanhar tudo"?
eu fartei-me de ouvir isso todos os dias, a partir do dia em que decidimos inscrever a Nônô no infantário.
Depois daqueles terríveis dias de adaptação, e da Nôno chegar ao ponto de chegar ao infantário e esticar os braços para ir para o colo da Educadora... estamos em casa há uma semana e meia.
A Leonor apanhou uma mega virose. Começou apenas com vómitos, fomos até ao hospital no dia 16 de Setembro e nem se pensou que fosse uma virose, porque ela só tinha vomitado duas vezes.
Dia 17 de Setembro a Leonor começou com diarreia! Confirmou-se.... era uma bela de uma virose.
O "melhor" ainda estava para vir... no dia 18 de Setembro cá em casa ficámos todos com os mesmos sintomas, tudo com vómitos e diarreia, eu tive direito a um bónus... a febre!
Dois dias depois ficámos todos bem, menos a Leonor, que continuava com a diarreia e começou a ter febre também.
Desde ontem que a Leonor voltou a fazer o cócó normal, mas começou a ter tosse, a febre também desapareceu felizmente.
Amanhã é dia de voltar ao infantário, certamente que vai ser complicado e vamos ter que passar novamente por uma nova adaptação, ou talvez a Nônô me surpreenda mais uma vez e fique bem.
Seja como for, vou ficar com um aperto no coração, e a contar os segundos para ir buscá-la no final do dia.


A primeira festinha de aniversário da Nônô

Já de há algum tempo para cá, que vinha a planear a festinha da Leonor, gostava que fosse uma festinha que nos marcasse e nunca nos esquecêssemos dela.
Pensei fazer uma festinha com o tema da Minnie, mas rápido cheguei a conclusão que não fazia sentido... A Leonor por muito que goste da minnie que tem na caminha, e à qual dorme agarrada, não que dizer que seja a boneca preferida dela, por isso decidi fazer uma festinha em que não utilizasse nenhum tema em particular. Fiquei-me pelo rosa e prateado.
A minha irmã foi fundamental na preparação da festa, jeitinho para decorações e ideias que não lembram nem ao menino Jesus só vêm da cabeça dela.
Uma lista com cerca de 70 convidados, e tudo preparado ao pormenor... deu nisto!
Espero que gostem :)


O bolo da Nônô

Mesa de doces

Mais alguns doces, na mesa dos doces
A máquina de pipocas para os mais pequenos levarem pipocas quentinhas para casa

A mesa dos Salgados

Mais uns quantos salgados

Informações sobre a Leonor

Um cantinho para os convidados deixarem mensagens

As mensagens para um dia ler com a Leonor!



Os papás com a princesinha da festa!

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Primeiro Aniversário da Leonor!

Passaram 365dias. 365 dias... 365 dias, este número está a ecoar na minha cabeça.
É o teu primeiro aniversário meu amor, mas também o nosso primeiro aniversário como papás.
Aprendi tanto, mas tanto contigo neste ano que já passou, aprendi mesmo muito.
Estes últimos 365 dias da minha vida foram um turbilhão de aprendizagens e emoções. Esta é uma das partes desafiantes de ser mãe, é ter algo de novo para aprender todos os dias, bem como ver-te crescer todos os dias. 
O tempo não pára, e cada segundo a mais no relógio é sinónimo de algo novo ou uma aprendizagem minha, ou uma nova descoberta tua.
Dou por mim a tentar definir a palavra mãe vezes sem conta, mas ainda hoje não consegui encontrar a definição perfeita. 
Como estava a dizer, passaram-se 365 dias desde que te vi pela primeira vez. 




As primeiras fotografias da Leonor, cerca de 20minutos depois de nascer

Lembro-me de ti tão mas tão pequenina, frágil mas um doce de menina. Lembro-me de agarrares o meu dedo mal te puseram em cima de mim, da primeira vez que te dei de mamar, a primeira fralda, o primeiro "tudo" que pude assistir.

A primeira visita do papá ao Hospital
O primeiro aniversário também é isto... as primeiras vezes das coisas novas que vais fazendo todos os dias.
Hoje olho para trás e choro. Arrependo-me muito dos dias em que me deixei vencer pelo cansaço, e que foi o papá que te deu maior atenção, e sabes porque choro? Porque mesmo depois de todos me terem dito “um dia vais ver que o tempo não volta, e que esta fase já passou” eu continuei a ter dias em que o cansaço falava mais alto.
Sei que nunca falhei, mas penso até que ponto podia ter feito mais e melhor. Mas a verdade é que sei que nunca te faltou nada! Acima de tudo nunca te faltou amor!
Trouxeste a maior alegria de todas à minha vida, fizeste-me crescer muito, fizeste-me perceber que há coisas com que me chateava tanto e que hoje percebo que são apenas isso... COISAS! O tempo que tenho para estar contigo devido ao meu trabalho é tão pouquinho, que essas coisas perderam qualquer tipo de lugar que ocupavam na minha cabeça, e decidi dedicar todo o meu tempo a ti! Tu meu amor, és o meu único motivo de alegria, tristeza ou preocupação.
Também conseguiste tornar a palavra MEDO numa palavra constante que sai da minha boca.
Tenho medo! Medo de falhar, medo de não saber o que fazer, medo de perder fases importantes da tua vida, medo de não ser boa mãe... 
Mas claro que não foram 365 dias de aperto no coração e lágrimas nos olhos.
Já ri muito contigo, gostava que te lembrasses daquele nosso primeiro género de”conversa”, logo logo a seguir ao jantar, estavas na alcofa e eu sentei-me no chão ao teu lado a imitar todos os sons que tu tentavas fazer, fiquei tão babada em ver que te estavas a tentar exprimir .
E quando deste a tua primeira gargalhada? Foi tão engraçado, eu e a tia estávamos a lanchar e do nada tu deste uma gargalhada, conseguiste pôr-nos ás duas a rir.
Ah, e aquele banho? O banho em que fizeste um belo presente dentro da água? Lá teve o papá que trocar a água e darmos o banho de novo.
Quando tentaste bater palmas a primeira vez, e não acertavas com as mãos uma na outra.
Ou quando começaste a gatinhar... foi uma alegria para a família toda.
Parabéns a ti minha princesa que te adaptaste tão bem ao Mundo cá fora, parabéns minha princesa por seres a bebé tão risonha e simpática que és. Parabéns princesa por nos ter dado o prazer de sermos papás.
Parabéns papá pelo fantástico pai que és! E parabéns a mim pelo meu primeiro aniversário enquanto mãe.
1 Ano de ti! 1 Ano de coração fora do corpo.

O ano mais feliz da minha vida!

A NOSSA FAMÍLIA

Agora vamos desfrutar deste teu dia. Vais um pouquinho á escolinha e a mamã vai logo buscar-te para virmos para casa rir e brincar. vais poder comer uma colherzita do teu bolinho...Yupi um pouquinho de doce =) e no sábado aí sim, vamos ter uma mega festa que a mamã o papá e as tias estão a preparar para ti com o maior entusiasmo do MUNDO.

Mamãs, vou partilhar connvosco os preparativos da festa de Aniversário da Leonor, e também algumas fotografias do dia das festinha que será só no proximo sábado.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Nônô a exploradora!

Há tantas formas para poder iniciar este post que nem sei qual delas utilizar.
Podia ser... "Depois da tempestade vem a bonança", "Primeiro estranha-se, depois entranha-se", nem sei.
Depois de ontem ter levado 16Horas do meu dia a chorar e a culpar-me por ter "abandonado" a minha filha na salinha do infantário, enquanto ela me procurava e eu não estava lá para ela (é mesmo esta a sensação que tenho), hoje o dia correu de uma maneira bem diferente.
Para começar, ontem à noite quando me deitei ainda me escorriam lágrimas, acho que tinha a ver com a ansiedade que já estava a sentir em relação ao dia de hoje.
Tentei acalmar-me, e as palavras de conforto e força que muitas mamãs que me vieram deixar, bem como a força que o papá da Nônô me transmitiu foram essenciais para o conseguir fazer.
 Depois pensei e de facto é o que todas devemos pensar..."ela não me pode ver nem sentir assim, senão vai associar esta minha ansiedade e choro á escolinha".
Fechei os olhos e descansei...
Hoje acordei antes do despertador tocar, e antes da Nônô acordar. Fiquei na ronha na cama, a olhar para o tecto, mentalizei-me que não podia sofrer por antecipação e que tinha de ser o mais sincera possível com a minha filha.
Chegou a hora de acordar a princesa.
Acordei-a o mais calmamente que me foi possível, falei-lhe baixo ao ouvido, fiz festinhas no rosto, e quando abriu os olhinhos...sorri! Ela retribuiu o sorriso e mostrou-se bem disposta. Dei-lhe uma banhoca, e enquanto lhe estava a dar o banho, conversei com ela. Sim, eu sei que ela não entendeu o significado do que lhe disse, mas para a minha consciência, foi importante explicar-lhe como ía ser o dia dela hoje. Não queria sentir que mais uma vez a estava a enganar. Ela hoje tinha de me ouvir dizer que "não, hoje não vamos passear filhota! Hoje vais outra vez á escolinha ter com os meninos e a educadora, vais brincar muito e papar lá... A mamã promete-te que vai logo logo a seguir á papa buscar-te. Promete-me que te vais portar bem princesa!"
Vesti-a e dei-lhe o pequeno almoço. Olhei ás horas e estava na hora de irmos para a escolinha.
O caminho hoje pareceu mais curto que ontem, liguei a musica, ía cantando e falando com a Leonor sobre a escolinha, ía dizendo... "já estamos a chegar filhota, tu vais ser tão feliz aqui com os teus amiguinhos", ela simplesmente sorria ou dava aqueles guinchos tão únicos que só ela sabe dar.
Estacionei o carro e o meu coração disparou. Respirei fundo, agarrei a Leonor ao colo, dei-lhe um beijinho na testa e disse "Por favor filhota, hoje vais tentar brincar e estar feliz".
Chegámos á salinha, a educadora veio ter comigo, a Leonor foi prontamente para o colo dela. O meu coração quase deixou de bater, fique incrédula. olhei para a Nônô e disse "a mamã vem já já meu amor". Virei costas e fui embora.
O combinado foi ir buscar a Leonor depois do almoço, quando lá cheguei só queria saber se ela estava bem. a educadora mal me viu disse-me "Mamã se tivesse que pôr uma alcunha á sua filha seria Nônô a exploradora, a sua filha hoje não chorou uma única vez, brincou, explorou os cantos da salinha todos, riu, comeu a comida toda!"
Eu só consegui sorrir, saiu-me um peso de cima dos ombros. Agarrei a Leonor, dei-lhe um beijinho e disse-lhe "a mamã prometeu que vinha buscar-te logo logo, e estou aqui como prometido! Obrigada por te teres portado bem princesa!"

Agora estamos em casa a desfrutar deste tempinho só de nós as duas! Que segunda feira corra ainda melhor que hoje.
Por agora, temos o fim de semana pelo meio, e sem dúvida alguma que vai ser um fim de semana só Nosso.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

"Desculpa filha, desculpa ter-te enganado"

Levámos os últimos 7meses "afastadas" pelos horários e próximas pelos fins de semana. Mas levámos os últimos dias tão próximas quanto os primeiros dias da tua vida, em que te tinha de levar nos braços para todo o lado, por seres tão dependente de mim. Estive de férias, e, foram férias tiradas para ti!

Esta noite, foi uma noite em branco, dei voltas e voltas na cama enquanto tu dormias calmamente como sempre, à espera que o novo amanhecer chegasse e fosse apenas mais um dia como todos os outros.
Levei a noite a pensar como iría ser. Se era só chegar, deixar-te e ir embora. Se o melhor era brincar um pouco contigo no teu novo cantinho de modo a te ambientares comigo perto e só depois ir embora. Se te deixava e escondia-me a ver a tua reacção.
Sabes que mais filha? Foram tudo planos, que só no momento é que consegui decidir o que fazer.
Pouco tempo depois de finalmente ter adormecido, acordei contigo... lá estavas tu, em pé na tua caminha e a rires, olhei ás horas e vi que estava quase na hora.
Tentei agir o mais naturalmente contigo, mas custou tanto sentir que te estava a enganar.
Despachámos-nos as duas, pus-te na cadeira no carro, e lá estavas tu toda brincalhona a pensar que íamos passear como costume.
Mal me sentei ao volante, as lágrimas começaram a escorrer descontroladamente pela cara a baixo. Estava a enganar-te, ou pelo menos é isso que estou a sentir que fiz!
Chegámos, foi a viagem mais longa que fiz contigo de carro. agarrei-te ao colo, dei-te um beijo na testa, e lá fomos nós. A educadora, estava ali à nossa espera com um enorme sorriso no rosto, eu, eu estava incapaz de dizer qualquer palavra.
Deixei-te no chão, brinquei um pouco contigo, e vi-te a ires sozinha até perto dos brinquedos que estavam na sala, foi um sentimento agridoce, foi uma mistura de "que bom, sentes-te bem aqui" com "não vais sentir a minha falta?"
A educadora pediu-me para te deixar assim ali entretida e ir para fora da salinha falar com ela. passaram cerca de dez minutos, acabámos de falar, fui-te espreitar sem tu me veres, e lá estavas tu, a gatinhar atrás das bolinhas, estavas tu a ensinar-me a ser forte.
A educadora pediu-me para ir dar uma volta, tu estavas super bem, e logo te ía buscar uma horinha depois.
Quando voltei, mal abri a porta do infantário, reconheci o teu choro, aquele choro de aflição que só eu ou o papá sabemos acalmar.
Senti-me a pior mãe do Mundo.
Desculpa filha, desculpa ter-te enganado, e não ter tido forma de te explicar que o dia não ía ser igual aos outros, que ías para um sítio novo, rodeada de pessoas novas.
Desculpa meu amor, Não consigo sequer imaginar a sensação que sentiste quando olhaste á volta e percebeste que eu já não estava mais ali.Que afinal não tínhamos ido só passear.
Foi tão bom agarra-te ao colo, encostares a tua cabeça no meu ombro e parares de chorar. Oh meu amor, se soubesses o quanto me deixas feliz quando estás assim, calminha nos meus braços.
Desculpa se daqui para a frente o relógio vai demorar tanto a passar até ao final do dia para te ter comigo em casa. Desculpa amor da mãe.
Sabes o que dói mais à mãe? É saber que amanhã vai ser igual, que vais voltar a pensar que vamos só passear, mas afinal vou-te deixar ali naquela salinha novamente.
Sei que um dia ainda vais chorar por teres de deixar a brincadeira, e teres de vir para casa. Só quero que esse dia chegue, e chegue depressa! Até lá... sinto-me a pior mãe do Mundo.
Amo-te meu amor.